"" Crochê: janeiro 2018

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Crochê ajudando vidas

Ajudando através do crochê



Me chamo Gabriele tenho 22 anos e sou fundadora de uma casa de apoio que ajuda com o crochê a famílias
de baixa renda e as pessoas que se envolveram com drogas e as que já foram presas. Mas pra chegar até aqui
o caminho não foi fácil.
Quando tinha 19 anos, perdi meu irmão pro mundo das drogas. Minha família é de classe média, meu pai tem
um bom emprego, minha mãe trabalha em casa com sua loja online de bijuterias, fazia faculdade na época e
meu irmão também.  Nesse tempo vi meu irmão ser preso, ser agredido e a sofrer por causa das drogas. Perdi
meu irmão em um dia típico de overdose. Minha família entrou em colapso, minha mãe entrou em depressão,
meu pai bebia, e eu que tinha que segurar as pontas. Me virava na faculdade no meu estágio de meio período,
vi minha mãe, se afundando e meu pai sem entender por que de meu irmão ter terminado assim. Nem eu sabia
o que fazer, me deparei com uma situação tão difícil que não sabia mais o que fazer.
Até que em um certo momento, fui onde meu irmão frequentava, e me deparei com famílias sem pai, mães
novas, crianças abandoadas enquanto seus pais se drogavam e o governo os esqueceu, foi ai que pensei em
abrir uma casa, algo como uma ajuda.
Chegando em casa, liguei para ex namorada do meu irmão e minha amiga de infância, a Clara. Juntas
começamos a pensar em ideias para o que fazer com o espaço que alugarmos, depois de muita pesquisa
lembramos de algo em comum, o crochê.
Soluções através do crochê



Quando éramos pequenas, costumávamos viajar para casa da minha avó, com o costume de ver, nos
interessamos e começamos a aprender. Por muito tempo na adolescência fazíamos peças de roupas ou algo
para casa, ainda tenho peças guardadas que fiz nessa época.
Depois de decidido alugamos um espaço e falamos com alguns moradores, no início éramos nós duas e umas
cinco mães que se interessaram. Começamos com poucos materiais e pouca verba tirando do nosso bolso. Até
que resolvemos criar um espaço para crianças com aulas de crochê e outros artesanatos, a notícia se espalhou
e o movimento cresceu. Criamos novas áreas, conseguimos mais gente para trabalhar, chamei minha mãe para
visitar a nossa casa de apoio e ela acabou ficando, de pouco a pouco ela foi saindo da depressão e entrando de
cabeça para nos Ajudar, um tempo depois foi meu pai, começou a vim uma vez por semana para nos ajudar,
agora todo tempo livre que ele tem, vem até a casa de apoio e aprendeu até crochê. Hoje minha mãe ensina de
artesanato para as crianças, e meu pai ensina ajuda na parte de reforço escolar.

Depois conforme crescemos, criamos parcerias, feira beneficentes, para ajudar com a renda da casa. Hoje
transformamos cidadãos que não tiveram oportunidades em gente do bem, em pessoas que agora veem
muitas oportunidades no futuro, tudo isso com uma simples ideia de fazer crochê